Baixa Massa Óssea Em Mulheres Na Menopausa Vivendo Com HIV

Objetivo: Analisar aspectos clínicos e epidemiológicos da baixa massa óssea em mulheres na menopausa com HIV. Revisão bibliográfica: O maior acesso à terapia antirretroviral (TARV) resultou na melhora de sobrevida das pessoas vivendo com HIV, o que possibilitou envelhecimento dessa população. Muitas mulheres estão atingindo a fase de climatério/menopausa, cuja maior complexidade de manejo, constitui um grande desafio para o clínico. Em mulheres vivendo com HIV (MVH), além de fatores de risco tradicionais e específicos dessa infecção viral, soma-se o hipoestrogenismo, decorrente da falência ovariana, resultando em menor massa óssea e potencial risco de fraturas. Evidências sugerem que o rastreio periódico para baixa massa óssea, a suplementação de cálcio e vitamina D e tratamento da osteoporose com bisfosfonatos. Não há estudos robustos sobre o efeito da terapia hormonal da menopausa sobre o osso em MVH. Realizou-se a análise e revisão dos principais artigos disponíveis sobre massa óssea em mulheres vivendo com HIV (MVH) na pós-menopausa, discorrendo sobre fatores de risco associados, diagnóstico e tratamento. Considerações finais: É importante que clínicos estejam cientes de que MVH na pós-menopausa constituem um grupo de risco para baixa massa óssea, necessitando um manejo diferenciado, que vai muito além do controle da infecção viral.