Mudança Do Perfil Da Gestante Adolescente Nos Últimos 20 Anos No Brasil
Jornal Brasileiro de Ginecologia(2023)
摘要
Introdução: A gravidez na adolescência é uma problemática que tem sido debatida há anos em nossa sociedade. Sua incidência tem relação direta com as condições socioeconômicas e educacionais dessas meninas, que com frequência estão inseridas em um ciclo vicioso de gerações no mesmo contexto social. Objetivo: Analisar se houve alteração na frequência da raça e estado civil da gestante adolescente entre o ano 2000 e o biênio 2018–2019. Método: Estudo com desenho transversal, realizado por busca de informações no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e no Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC). Gestantes das faixas etárias de 10 a 14 e de 15 a 19 anos foram comparadas com mães entre 20 e 34 anos. Excluiu-se as informações dos registros do SINASC com idade gestacional inferior a 22 semanas e com idade ignorada, e calculou-se a frequência da raça e estado civil em cada grupo etário. Resultados: O total de nascidos vivos (NV) de mães adolescentes em 2000 foi 750.537 NV, e a soma dos nascidos entre 2018–2019 foi de 875.380, o que mostra redução da prevalência de partos de adolescentes de 23,4% em 2000 para 15,1% em 2018–2019. Em 2000, a raça negra representou 51% das gestantes de 10 a 14 anos, 47,2% entre 15 e 19 anos e 41,6% de 20 a 34 anos. No biênio 2018–2019, esses números foram, respectivamente, 77,4, 74,1 e 63,4%. Percebe-se que a gravidez na raça negra apresentou aumento de 51,8, 57 e 52,4%, respectivamente. Em relação à avaliação do estado civil, constatou-se que no ano 2000 as gestantes que já viveram ou vivem maritalmente representaram 34,1% das gestantes de 10 a 14 anos, 48,6% entre 15 e 19 anos e 68,9% de 20 a 34 anos. No biênio 2018–2019, esses números representaram, respectivamente, 19,3, 38,9 e 56,9%. Nota-se diminuição das gestantes casadas de 43,4, 20 e 17,4%, respectivamente, entre as idades. Conclusão: A frequência da gestação na adolescência mostrou redução nos últimos 20 anos. A raça negra predomina entre as gestantes adolescentes de raça negra e mostra aumento significativo de sua proporção nos anos 2018 e 2019. Essa tendência de aumento pode estar ocorrendo não só pelo fato de a maioria da população ser negra, mas também porque, com o passar dos anos, houve aumento da noção de pertencimento do movimento negro, ocasionando maior quantidade de meninas se autodeclarando negras. Com relação à avaliação do estado civil, percebe-se aumento do número de gestantes solteiras em todos os grupos.
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