Efeito do petróleo cru e da fração dissolvida sobre germinação de sementes e propágulos

Entre os meses de agosto e dezembro de 2019, o litoral nordestino brasileiro recebeu mais de 5.000 toneladas de óleo cru que atingiu praias e manguezais. Foi realizada uma revisão sistemática objetivando entender o estado da arte de pesquisas sobre o efeito do petróleo cru na germinação de sementes e propágulos de espécies de mangue. O protocolo de busca foi composto por 07 perguntas guias e critérios de inclusão e exclusão de trabalhos. As buscas foram realizadas nas bases Web of Science, Scopus e PubMed Central, utilizando as palavras chaves, “crude-oil”, “seed-germination”, “mangrove-species”, “diesel” e “petroleum”, organizadas em diferentes strings de busca, e incluiu artigos científicos publicados entre os anos de 2000 a 2020. Os resultados foram processados no Software RStudio através do pacote Bibliometrix. Dos 211 artigos científicos encontrados, apenas 30 trabalhos atenderam os critérios de inclusão e exclusão, 12 investigavam o efeito do óleo cru e 18 avaliavam os efeitos de derivados de petróleo. Apenas 04 trabalhos utilizaram espécies de mangue, destes, apenas 01 avaliou o efeito do óleo cru. Irã, China e Índia se destacam como países com o maior número de publicações. Nenhum estudo reportou os efeitos do óleo cru sobre as espécies de mangue do sul da Bahia. Após análise dos trabalhos, fica evidente que são necessários estudos sobre o efeito do óleo cru sobre a germinação de sementes e propágulos de espécies de mangue. (UFSB/CNPQ)