Comportamento epidemiológico da febre chikungunya em tempos da pandemia

Maria Eduarda da Silva Pereira, José Carlos da Rocha Neto, Isa Cordeiro da Silva, Brenda Marques de Cerqueira,Maríllya Morais da Silva, Cibele Carine Silva, Solange Laurentino dos Santos

Anais da XXVII Semana de Biomedicina Inovação e Ciência(2021)

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Abstract
Introdução: A tripla epidemia causada pelos vírus da Dengue, Zika e Chikungunya, que são transmitidos por mosquitos do gênero Aedes representam uma ameaça ao sistema de saúde pública do Brasil. A febre Chikungunya apresenta-se amplamente distribuída no mundo e tem sua sintomatologia associada à artralgia, dores de cabeça e fadiga(1). Nos últimos anos, foi verificado um aumento exponencial de casos prováveis de febre Chikungunya no estado de Pernambuco, agravando-se durante o período da pandemia do Covid-19(2). Objetivos: Descrever a distribuição dos casos de Febre Chikungunya no estado de Pernambuco em comparação aos casos a nível nacional no contexto da pandemia da COVID-19. Métodos: Estudo descritivo com base nos dados secundários de casos prováveis de Febre Chikungunya apresentados nos boletins epidemiológicos sobre arboviroses fornecidos pelo Ministério da Saúde. O período de estudo foi durante os anos de 2018 a 2021. Os dados foram analisados por meio de ferramentas estatísticas descritivas. Resultados: No Brasil, foram registrados 366.024 casos prováveis de Febre Chikungunya entre os anos de 2018 e 2021, apresentando incidência média de 43,6 casos/100 mil habitantes. Já no estado de Pernambuco um total de 27.072 casos prováveis foram registrados no mesmo período, com incidência média de 70,6 casos/100 mil habitantes. Pernambuco vem apresentando, nos últimos três anos, um aumento exponencial no número de casos prováveis, tendo um aumento de 228% em 2021. Enquanto no cenário nacional mostrou que houve uma redução no número de casos prováveis em 2020 de 38% em relação a 2019, período precedente à pandemia. A possível mobilização das equipes de vigilância epidemiológicas estaduais que estavam voltadas ao enfrentamento de arboviroses para o controle da pandemia do Covid-19, pode estar diretamente relacionada à subnotificação dos casos de febre Chikungunya(3). Ademais, as recomendações sanitárias estabelecidas durante a pandemia, visando o distanciamento social, podem estar também associadas a redução da procura por atendimento em uma unidade de saúde. Isso é evidenciado pela diminuição dos casos a nível nacional. Dessa forma, a real situação epidemiológica em Pernambuco pode estar sendo mascarada. Conclusões: Observamos que houve uma possível subnotificação dos casos de febre Chikungunya no âmbito nacional associado à pandemia, e que a situação epidemiológica do estado de Pernambuco está sendo mascarada.
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Dengue
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