PROLAPSO DE COLOSTOMIA GIGANTE APÓS SÍNDROME DE FOURNIER: RETRATO DA REALIDADE BRASILEIRA

Apresentação do Caso Um homem de 69 anos, obeso e diabético tipo 2, submetido a transversostomia em alça havia 9 anos por síndrome de Fournier, evoluiu com prolapso de colostomia progressivo, com dificuldade de acoplamento do coletor tradicional. Devido ao grande volume das bocas exteriorizadas, houve necessidade de adaptação com saco plástico associado a suspensório improvisado para sustentação. Isso gerava limitação das atividades diárias e laborais, com impacto negativo em sua higiene, autocuidado, e qualidade de vida. Apresentava 40 cm de prolapso de ambas as bocas, mucosa rósea com áreas enantemáticas, associados a hérnia paracolostômica. O exame proctológico evidenciou cicatrização completa, e a colonoscopia, colite de desuso e manometria anorretal normal. Foram realizados incisão fusiforme periestomal, descolamento da transversostomia, e colectomia direita extendida devido ao espessamento das alças prolapsadas. Realizou-se também anastomose ileocólica grampeada latero-lateral, associada a hernioplastia com tela de polipropileno. O paciente recebeu alta no quinto dia de pós-operatório.