Bentonita incorporada com rejeito de granito aplicada na pelotização de minério de ferro

Inúmeros fatores têm contribuído para o aumento da produção de resíduos nas grandes indústrias, dentre elas destacam-se as siderúrgicas e as mineradoras devido ao seu significativo impacto ambiental, tais como a poluição dos ambientes terrestres e aquáticos que tem influência direta na redução da qualidade de vida dos seres vivos locais. Nesse sentido, este trabalho investigou a viabilização da incorporação dos resíduos da indústria de rocha ornamental (conhecido como lama abrasiva ou RRO) em argila bentonita, visando alcançar uma rota tecnológica viável para utilização na pelotização de minérios de ferro. A metodologia adotada consistiu na caracterização química e físico-química da bentonita no estado original e das incorporações de rejeito de rocha ornamental em bentonita pelas seguintes análises: FRX, DRX, pH, umidade, densidade aparente e absoluta. Posteriormente, realizou-se uma análise estatística da porcentagem ideal de incorporação pelo método de delineamento composto central rotacional. As incorporações estudadas foram avaliadas com base nos parâmetros adotados pela Companhia Vale do Rio Doce (CVRD). A partir dos dados de FRX e DRX, as amostras foram classificadas como sílico-aluminosas somando mais de 70% de Si2O + Al2O3 e exibindo presença significativa de quartzo. As composições que melhor atenderam o valor exigido pela CVRD em relação ao pH foram quatro amostras B20, satisfazendo a condição de basicidade igual a 9,5 no mínimo. Para densidade aparente, a B30 apresentou 940,70 kg.m-3, valor próximo ao esperado (961,20 kg.m-3), já para a densidade absoluta, duas amostras B20 exibiram melhores resultados: 2,55 e 2,58 para um referencial de 2,4 a 2,5.